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As formações superficiais do Noroeste do Paraná e sua relação com o arenito Caiuá

Gasparetto, Nelson Vicente Lovatto

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências 1999-09-01

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    As formações superficiais do Noroeste do Paraná e sua relação com o arenito Caiuá
  • Autor: Gasparetto, Nelson Vicente Lovatto
  • Orientador: Carvalho, Adilson
  • Assuntos: Arenito Caiuá; Mineralogia; Paraná; Petrologia; Rochas Arenosas; Not Available
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: As formações superficiais de textura arenosa que recobrem o Arenito Caiuá, na região noroeste do Paraná, têm sido consideradas como de origem coluvial e formadas durante o predomínio de climas semi-áridos desenvolvidos no Quaternário. Estudos detalhados realizados em três áreas (topossequências do sítio Três Leões, de Sumaré e de Umuarama) permitiram verificar suas relações com o Arenito Caiuá. Pelas análises das topossequências, ficou comprovado que existe íntima relação entre a morfologia e a dinâmica da cobertura pedológica. Nas vertentes longas e pouco inclinadas, encontram-se latossolos profundos, enquanto, nas vertentes mais curtas e mais dissecadas, ocorrem solos mais rasos, que se tornam menos espessos em direção a jusante. Nos dois casos, os volumes pedológicos são concordantes com a superfície do terreno. As análises micromorfológicas mostram que, ao longo das sequências, ocorre transferência de matéria. O desmantelamento da estrutura porfírica, que se transforma em quitônica, enaúlica e mônica pela remobilização do plasma; fissuração, fragmentação e deslocamento de pequenos fragmentos de cutãs e de nódulos ferruginosos; presença de domínios, nos horizontes superiores, com perdas acentuadas de argila; dissolução do esqueleto são feições que indicam perda e remobilizações de materiais. Ao contrário, a transformação por acumulação de argila das estruturas quitônica e enaúlica em porfírica; preenchimento dos poros maiores, dando origem a cutãs; redução acentuada da porosidade, são resultantes de ganhos e reorganizações dos materiais. Essas mudanças caracterizam coberturas superficiais em transformação, pois é visível a mudança do B latossólico em B textural, a partir da média alta-vertente e, deste, em areias quatzosas no final da vertente. O quartzo é o mineral predominante tanto nos solos como no arenito sotoposto, associado com a caulinita e óxidos de ferro. A assembléia de minerais pesados é formada de minerais opacos, como hematita, magnetita, ilmenita e leucoxênio, e não-opacos, como estaurolita, turmalina, zircão e rutilo. A matriz do arenito e o plasma das formações superficiais apresentam a mesma composição química, constituída basicamente por caulinita pobremente cristalizada e por hidróxidos de ferro. As vertentes onde foram analisadas as topossequências estão relacionadas a uma superfície de erosão definida por Bigarella et al. (1965) como Pd1, a qual, desde o final do período Terciário, vem sendo remodelada sob condições climáticas que, durante o Quaternário, se alternaram entre períodos mais secos e períodos mais úmidos. Contudo, as oscilações climáticas não deixaram nesses materiais vestígios claros. As variações laterais observadas na organização da cobertura pedológica são resultantes do recuo das cabeceiras de drenagem sobre os interflúvios e do aprofundamento dos vales. Os mecanismos que controlam esse recuo e o aprofundamento podem ser de origem climática e tectônica. Acredita-se, portanto, que as formações superficiais ocorrentes na região noroeste do Paraná são originadas do Arenito Caiuá por alteração in situ, e que, se houve retrabalhamentos de materiais ao longo das vertentes, estes são de difícil identificação. Quando ocorrem, estão relacionados a fundos de vales, nichos de nascentes e pequenas bacias de recepção. No entanto, a mobilidade de materiais torna-se clara quando há depósitos coluviais, de origem antrópica, formados após a retirada da mata.
  • DOI: 10.11606/T.44.1999.tde-09122015-111333
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências
  • Data de criação/publicação: 1999-09-01
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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