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O impacto do comportamento sedentário em parâmetros clínicos e fatores de risco cardiometabólico de pacientes com artrite reumatoide: o estudo Take a Stand for health

Pinto, Ana Jéssica

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Educação Física e Esporte 2021-05-13

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    O impacto do comportamento sedentário em parâmetros clínicos e fatores de risco cardiometabólico de pacientes com artrite reumatoide: o estudo Take a Stand for health
  • Autor: Pinto, Ana Jéssica
  • Orientador: Gualano, Bruno
  • Assuntos: Artrite Inflamatória; Atividade Física Leve; Comportamento Sedentário; Doenças Reumáticas; Inflammatory Arthritis; Light-Intensity; Physical Activity; Rheumatic Diseases; Sedentary Behavior
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Pacientes com artrite reumatoide despendem a maior parte das horas diárias em comportamento sedentário (e.g., realizar atividades de baixa intensidade na posição sentada). Entretanto, sabe-se que um tempo sedentário excessivo se associa com piores marcadores de saúde e mortalidade por todas as causas. Estudos sobre o tema são escassos em pacientes com artrite reumatoide. Nesse sentido, uma investigação abrangente do impacto do comportamento sedentário na saúde geral dessa população seria de grande relevância clínica. O objetivo desta tese foi verificar a relação entre comportamento sedentário, parâmetros clínicos e fatores de risco cardiometabólico de pacientes com artrite reumatoide, bem como verificar os efeitos agudos e crônicos de sua redução nesses mesmos parâmetros. Para tal, três estudos foram conduzidos: (i) um estudo transversal, no qual foram avaliadas 112 pacientes com artrite reumatoide; (ii) um estudo crossover randomizado, no qual 15 pacientes completaram 3 condições experimentais por um período de 8 horas (SED, comportamento sedentário prolongado; EX, exercício físico seguido por comportamento sedentário; AFL, interrupções do tempo sedentário com atividade física leve); e (iii) um ensaio clínico randomizado e controlado, no qual 86 pacientes foram randomizadas em 2 grupos (controle [CON], que recebia tratamento médico padrão; intervenção [TS4H], que realizou uma intervenção para reduzir o tempo sedentário) e foram acompanhadas por 4 meses. Todas as pacientes foram submetidas às seguintes avaliações: (1) comportamento sedentário e nível de atividade física; (2) parâmetros clínicos (i.e., atividade da doença, dor, fadiga, funcionalidade e qualidade de vida); (3) escores de risco cardiovascular; (4) fatores de risco cardiometabólico (i.e., antropometria e composição corporal, pressão arterial, parâmetros relacionados à sensibilidade à ação da insulina, perfil lipídico e inflamação); (5) expressão de proteínas e genes no músculo esquelético. No Estudo 1, um maior tempo sedentário se associou com pior funcionalidade (teste Levantar e caminhar: [IC95%], 0,74 s [0,32 a 1,15]) e maior percentual de gordura corporal (0,73% [0,13 a 1,32]), ao passo que comportamentos ativos se associaram com menor atividade da doença e níveis de viii proteína C-reativa, maior funcionalidade, menor risco de evento cardiovascular em 10 anos, e com melhor perfil cardiometabólico (todos os p<0,050). No Estudo 2, as respostas pós-prandiais de glicose (-28%, p=0,036), insulina (-28%, p=0,016) e peptídeo C (-27%, p=0,006) estavam significantemente reduzidas na sessão AFL vs. SED. As concentrações de IL-1 diminuíram durante a sessão AFL, mas aumentaram durante EX e SED (p=0,027 e p=0,085). IL-1ra e TNF- aumentaram durante a sessão EX e diminuíram durante BR (p=0,002 e p=0,022). Sete de 36 classes e subclasses de lipídios eram diferentes entre as condições experimentais (todos os p<0,050), sendo que mudanças mais proeminentes foram observadas na sessão EX. No Estudo 3, a intervenção foi ineficaz em reduzir o tempo sedentário (p=0,999); logo, não houve melhora de parâmetros clínicos e fatores de risco cardiometabólico (todos os p>0,050). Entretanto, a sub-análise feita apenas com pacientes que reduziram 30 min/dia de tempo sedentário demonstrou que a alteração desse comportamento resultou na melhora da qualidade de vida (p=0,045) e em uma tendência a atenuação das respostas glicêmicas durante o teste oral de tolerância à glicose (p=0,068). Em conclusão, esses estudos demonstram de forma abrangente o impacto negativo do comportamento sedentário na saúde geral de pacientes com artrite reumatoide. O comportamento sedentário deve ser visto como um fator de risco para um pior quadro clínico e piores desfechos de saúde. Por outro lado, a redução do tempo sedentário emerge como potencial estratégia para atenuar fatores de risco cardiometabólico e melhorar qualidade de vida nessa população, embora novos estudos sejam necessários para determinar as intervenções mais efetivas para atingir esse objetivo
  • DOI: 10.11606/T.39.2021.tde-12112021-154750
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Educação Física e Esporte
  • Data de criação/publicação: 2021-05-13
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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