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Estudo da capacidade vetora de Pintomyia fischeri (Pinto) (Diptera:Psychodidae) para Leishmania (Viannia) braziliensis Vianna

Diniz, Morgana Michele Cavalcanti De Souza Leal

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública 2013-04-29

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Estudo da capacidade vetora de Pintomyia fischeri (Pinto) (Diptera:Psychodidae) para Leishmania (Viannia) braziliensis Vianna
  • Autor: Diniz, Morgana Michele Cavalcanti De Souza Leal
  • Orientador: Galati, Eunice Aparecida Bianchi
  • Assuntos: Capacidade Vetorial; Flebotomíneos; Leishmaniose Tegumentar Americana; American Cutaneous Leishmaniasis; Phlebotomines; Vectorial Capacity
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Introdução - A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma antropozoonose com o envolvimento de várias espécies de Leishmania, mamíferos reservatórios e flebotomíneos (vetores). Apresenta ampla distribuição no Brasil, com registro de casos em todas as unidades da Federação. É de interesse em saúde pública devido à gravidade de algumas de suas formas e alta prevalência em algumas regiões. Em áreas de transmissão na Grande São Paulo, têm sido registradas várias espécies de flebotomíneos, merecendo destaque Pintomyia fischeri, por ser altamente antropofílica e apresentar ampla distribuição no estado de São Paulo. Objetivo - Identificar a capacidade vetora dos flebotomíneos Pintomyia fischeri para Leishmania (Viannia) braziliensis, um dos agentes da leishmaniose tegumentar americana (LTA), comparando-a com a de Nyssomyia intermedia, vetor desse parasita na região Sudeste do Brasil. Métodos - Os seguintes parâmetros foram identificados: em campo - densidade das espécies em relação a um hospedeiro (hamster), com a instalação da armadilha de Disney em duas áreas (município do Embu na Grande São Paulo e município de Iporanga, na região do Vale do Ribeira) e teste de uma nova armadilha (apenas em Iporanga); em laboratório, a partir de infecção experimental de flebotomíneos por meio da alimentação em hamsters infectados pelo parasita - probabilidade diária de sobrevivência dos flebotomíneos, duração do ciclo gonotrófico, período de incubação extrínseca dos parasitas, proporção de flebotomíneos que se alimentam em fonte infectante e que se tornaram infectivos. Com estes dados calculou-se a capacidade vetora (novas infecções que a população vetora levará adiante ao se alimentar em um hospedeiro infectado), pela expressão V = m.a.b.Einf, onde V = capacidade vetora, m = proporção de fêmeas atraídas ao hospedeiro, a = proporção de fêmeas alimentando-se no hospedeiro/duração do ciclo gonotrófico, b = proporção de fêmeas infectadas que desenvolvem a forma infectante e Einf = expectativa de vida infectiva. Resultados Em se tratando do parâmetro observado em campo (m), densidade de flebotomíneos/hamster/dia, na armadilha de Disney em Iporanga esse valor para Ny. intermedia foi de 0,027 e para Pi. fischeri (0,011), em Embu, para Pi. fischeri (0,103) e para nova armadilha, apenas em Iporanga, Ny. intermedia (7,9) e Pi. fischeri (0,11). Nos parâmetros obtidos em laboratório: sobrevida infectiva (Einf): Ny. intermedia (0,84 dias) e Pi. fischeri (0,89 dias); proporção de fêmeas alimentadas em hamster: Ny. intermedia (0,77) e Pi. fischeri (0,67) e mediana do ciclo gonotrófico, para as duas espécies de 5 dias; período de incubação extrínseca para as duas espécies de 5 dias; e proporção de fêmeas infectadas por promastigotas que chegaram à forma infectante (b) para Ny. intermedia (0,90) e Pi. fischeri (0,311). A capacidade vetora obtida com a armadilha de Disney para Ny. intermedia em Iporanga foi de 0,0027 e para Pi. fischeri (0,00089) e no Embu para Pi. fischeri de 0, 0083 e para a armadilha nova, em Iporanga apenas, Ny. intermedia (0,8) e Pi. fischeri (0,0089). Conclusão - A capacidade vetora avaliada pelas armadilhas nova e a de Disney apresentou disparidades. Para Ny. intermedia, em Iporanga o valor da primeira foi 296,3 vezes maior que o da Disney e para Pintomyia fischeri foi 10 vezes maior. Na comparação entre o mesmo tipo de armadilha, em Iporanga para Ny. intermedia o valor da capacidade vetora obtido com a Disney foi 3,03 vezes superior ao de Pi. fischeri e na nova, foi 89,9 vezes. Para Pintomyia fischeri, os valores obtidos para a capacidade vetora considerando a Disney (Embu) foram 9,3 vezes maiores que os de Iporanga. A capacidade vetorial de Pi. fischeri (Embu) foi 3,07 vezes maior do que o de Ny. intermedia (Iporanga). Possivelmente as duas espécies atuem na transmissão da LTA no estado de São Paulo. Em Iporanga Ny. intermedia atua de maneira bem mais incisiva do que a Pi. fischeri. Por outro lado, no Embu, onde Ny. intermedia não tem sido capturada, a população de Pi. fischeri apresentou capacidade vetora superior à de Ny. intermedia (Iporanga), quando avaliadas segundo o mesmo tipo de armadilha para obtenção da densidade vetora.
  • DOI: 10.11606/D.6.2019.tde-15082014-104825
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública
  • Data de criação/publicação: 2013-04-29
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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