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Estudo com mulheres vítimas de violência doméstica com lesões do complexo maxilo-mandibular e problemas associados

Santi, Liliane Nascimento De

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto 2007-11-26

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Estudo com mulheres vítimas de violência doméstica com lesões do complexo maxilo-mandibular e problemas associados
  • Autor: Santi, Liliane Nascimento De
  • Orientador: Nakano, Ana Marcia Spano
  • Assuntos: Violência Doméstica; Traumatismos Faciais; Saúde Pública; Odontologia Legal; Identidade De Gênero; Gender Identity; Public Health; Forensic Dentistry; Facial Injuries; Domestic Violence
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: A invisibilidade da violência contra a mulher revela-se em taxas subestimadas de sua ocorrência, tornando-se um problema a ser enfrentado pela saúde. A cabeça e face são freqüentemente comprometidas pelos traumas, o que aponta para estudos de avaliação da complexidade anatômica, funcional e estética destas estruturas e das conseqüências à saúde da mulher. Objetivou-se estudar os casos de lesões corporais dolosas que tiveram comprometimento no complexo maxilomandibular entre mulheres que compareceram ao Instituto Médico Legal de Ribeirão Preto para exame de corpo de delito. A amostra compôs-se de 67 mulheres atendidas no período de maio de 2005 a outubro de 2006. É um estudo descritivo exploratório que utiliza de abordagem quantitativa para estabelecer o perfil das vítimas e agressores além da tipificação da violência. Foram analisados os traumas no complexo com base na análise clínica odontológica, os quais foram fotografados para a devida classificação jurídica da lesão. A abordagem qualitativa de entrevistas realizadas com base na técnica da análise temática, com vista a compreender a visão das mulheres sobre a violência sofrida, as conseqüências a sua saúde e formas de enfrentamento. Os dados foram coletados em dois momentos durante o exame pericial e no retorno após 30 dias. Foram seguidas as normas éticas para pesquisa envolvendo seres humanos. As mulheres tinham em média 31,5 anos, a maioria declarou-se branca. Todas as mulheres eram alfabetizadas; a maioria pertencia a classificação sócio-econômico C e E segundo a ABA/ABIPEME. 9% das mulheres estavam desempregadas e 23,9% eram do lar. A idade média dos agressores foi de 39 anos, 62,7% dos agressores trabalhavam como autônomos e a cor branca prevaleceu entre os agressores (58,2%). 91,04% dos casos, os agressores utilizaram do corpo como agente provocador de agressão, através de socos, pontapés e empurrões. Na classificação jurídica das lesões, 50 (74,6%) foram consideradas leves; 12 (17,9%) como graves e 5 (7,5%) como gravíssimas. Para o exame clínico odontológico foram construídos alguns indicadores, com base na anatomia e fisiologia do complexo maxilomandibular. Analisando as falas das entrevistadas, depreendemos 04 categorias temáticas centrais: Contexto da violência; Rede de Suporte e Ajuda; Compreensão da violência sofrida; Conseqüências para sua saúde. O conhecimento e o entendimento dos agravos que interferem a saúde bucal e a saúde da mulher promovem uma reflexão sobre as condições de vida e saúde, contribuindo para a realização de ações preventivas nas diversas áreas, assim como no planejamento de ações assistenciais que vão desde o atendimento das emergências até a reabilitação e a reintegração junto à sociedade, frente a qual a Odontologia juntamente com outras disciplinas tem importante papel.
  • DOI: 10.11606/T.22.2007.tde-19122007-150600
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2007-11-26
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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