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Degeneração testicular em touros: alterações espermáticas e sua relação com a termodinâmica e hemodinâmica testicular

Gonzaga, Vitor Hugo Guilger

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia 2017-10-06

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Degeneração testicular em touros: alterações espermáticas e sua relação com a termodinâmica e hemodinâmica testicular
  • Autor: Gonzaga, Vitor Hugo Guilger
  • Orientador: Celeghini, Eneiva Carla Carvalho
  • Assuntos: Bovinos; Vascularização; Temperatura Média Da Superfície Escrotal; Termografia; Ultrassonografia; Bovine; Ultrasonography; Thermography; Mean Scrotal Surface Temperature; Vascularization
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: O estresse térmico em touros é um fator muito importante, pois afeta negativamente o comportamento reprodutivo e diminui a eficiência reprodutiva. Uma das causas deste efeito adverso é a ineficiência da termorregulação testicular, que conduz ao aumento do metabolismo celular, causando estresse oxidativo e apoptose das células germinativas, o que caracteriza a degeneração testicular, que pode levar à infertilidade, ou mesmo à esterilidade do animal. A degeneração testicular pode ser diagnosticada pela palpação do órgão, aferição do perímetro escrotal e pelo espermograma. No entanto, outras ferramentas podem ser empregadas para auxiliar no diagnóstico desta alteração, entre elas estão a termografia e a ultrassonografia. Desta forma, neste trabalho avaliou-se a eficiência do termógrafo e do ultrassom como instrumentos auxiliares para o diagnóstico da degeneração testicular em bovinos. Para o presente estudo utilizaram-se 16 touros da raça Nelore separados em dois grupos experimentais: Controle: animais sem indução à degeneração testicular (CON, n = 08); e Degeneração: animais induzidos à degeneração testicular (INS, n = 08) por meio de bolsas insuladoras mantidas por 96 horas. Os animais foram submetidos semanalmente a avaliações das características clínicas e seminais, realizando-se as análises duas semanas antes da insulação testicular (S-2 e S-1), no dia da retirada da bolsa (D0) e durante quatro semanas após a retirada da mesma (S+1 a S+4). Foram avaliadas frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR) e temperatura retal (TR); avaliações testiculares: perímetro escrotal (PE), consistência testicular (CT), temperatura média da superfície escrotal (TMSE), ecotextura (ETT), ecogenicidade (EGT) e vascularização do parênquima testicular (EVT), vascularização (EVP) e índice de resistência vascular (RIP) do plexo pampiniforme. O sêmen dos touros foi colhido e avaliado considerando motilidade (MT), vigor (VG), morfologia (defeitos maiores, menores e totais), integridade das membranas plasmática e acrossomal e potencial de membrana mitocondrial (PIAIA). Para a análise estatística foi utilizado o Statistical Analysis Software (SAS 9.3). Os dados das avaliações realizadas em S-2 e S-1 foram submetidos ao procedimento MIXED considerando dois grupos (CON e INS). Os dados das avaliações realizadas após a insulação foram submetidos ao procedimento MIXED e adicionando o fator tempo por meio do comando REPEATED. O nível de significância considerado foi de P≤0,05, sendo considerada tendência quando este ficou entre 0,051 e 0,1. Foram realizadas correlações de Pearson, utilizando-se o programa StatView (SAS, 1999). Os grupos de touros foram semelhantes nas semanas pré-insulação. Nas semanas pós-insulação, notou-se interação entre tempo e tratamento para FR (p=0,04), CT (p=0,0003) e RIP (p=0,03) e tendência para EVT (p=0,08). Foram observados maiores valores para TMSE, ETT e EVT para INS do que para CON, mas menores valores de PE, CT, EVP e RIP para INS do que para CON. Além disso, encontrou-se interação entre tempo e tratamento para MT (p=0,01), defeitos morfológicos (p<0,001) e alto potencial mitocondrial (AP, p=0,01) e tendência para PIAIA (p=0,07). O grupo INS apresentou queda na MT, PIAIA e AP, associado com aumento nos defeitos morfológicos. Foram verificadas correlações entre as características ambientais (temperatura ambiente e umidade relativa do ar) e os termogramas. Os termogramas apresentaram correlações com parâmetros vitais e achados testiculares. A hemodinâmica apresentou correlações mais fracas com outras características testiculares. Concluiu-se que o estresse térmico testicular provoca um quadro de degeneração testicular, caracterizado por redução na CT e na MT, PIAIA, PI e AP, além de aumento de defeitos morfológicos espermáticos. Este quadro é acompanhado pelo aumento da TMSE somente no dia da retirada das bolsas, provoca heterogeneidade do parênquima testicular, aumenta a vascularização testicular, reduz a vascularização do plexo pampiniforme e o RI dos vasos do plexo pampiniforme. Desta forma, a termografia e a ultrassonografia testiculares contribuem para o diagnóstico da degeneração testicular em touros.
  • DOI: 10.11606/D.10.2018.tde-20022018-123207
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
  • Data de criação/publicação: 2017-10-06
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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