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Bioecologia e potencial de controle biológico de Ecdytolopha aurantiana (Lima, 1927) (Lepidoptera: Tortricidae), o bicho-furão-dos-citros, através de Trichogramma pretiosum Riley, 1879

Garcia, Mauro Silveira

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz 1998-04-28

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Bioecologia e potencial de controle biológico de Ecdytolopha aurantiana (Lima, 1927) (Lepidoptera: Tortricidae), o bicho-furão-dos-citros, através de Trichogramma pretiosum Riley, 1879
  • Autor: Garcia, Mauro Silveira
  • Orientador: Parra, José Roberto Postali
  • Assuntos: Bicho-Furão; Biologia; Citros; Controle Biológico; Insetos Parasitoides; Tricogramatídeos
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma dieta artificial que permitisse criar Ecdytolopha aurantiana (Lima, 1927) durante todo o ano, propiciando o estudo de sua bioecologia, visando principalmente, a definição de uma técnica adequada de amostragem e a verificação do potencial de controle através do parasitóide de ovos Trichogramma pretiosum Riley, 1879. O trabalho foi conduzido no laboratório de Biologia de Insetos do Departamento de Entomologia da Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ), Piracicaba, da Universidade de São Paulo (USP), sendo os estudos de campo realizados em fazendas citrícolas nos municípios de Limeira, Gavião Peixoto (região de Araraquara), Colômbia (região de Barretos) e Piracicaba, todos no Estado de São Paulo. Foi possível criar E. aurantiana em dietas artificiais com características biológicas semelhantes àquelas do inseto criado em dieta natural. Embora o inseto tenha se desenvolvido em dietas artificiais com fontes protéicas variáveis (D1 = feijão, levedura de cerveja, germe de trigo, proteína de soja e caseína; D2 = farinha de milho, germe de trigo e levedura de cerveja; D3 = proteína de soja e germe de trigo; D4 = feijão, levedura de cerveja e germe de trigo), aquela à base de farinha de milho, germe de trigo e levedura de cerveja, foi a mais adequada para criação em laboratório, por propiciar menor duração de desenvolvimento, a maior viabilidade, e alto valor da razão finita de aumento (λ), além da facilidade de preparo e baixo custo. A redução do número de instares, em relação ao alimento natural foi uma indicação da adequação nutricional da dieta artificial. A metodologia desenvolvida para manutenção de adultos de E. aurantiana mostrou-se adequada para criação contínua do inseto em laboratório. A separação dos sexos, nas fases de lagarta, pupa e adulto é confiável e segura. O número de ínstares em todas as dietas artificiais foi constante e igual a quatro. Em frutos, E. aurantiana desenvolve-se melhor na variedade Natal, apresentando cinco ínstares quando criado na variedade 'Pera'. A faixa térmica mais adequada para criação do bicho-furão foi a de 28 a 30°C. Baseando-se nas exigências térmicas do inseto, pode ocorrer urna variação de 7 a 8,2 gerações anuais nas principais regiões citrícolas do Estado de São Paulo. Umidades relativas elevadas favorecem a postura e longevidade de E. aurantiana que tem hábito de postura crepuscular bem definido, seja em laboratório ou no campo. Baixas populações do inseto não discriminam o estágio de desenvolvimento do fruto para postura. Ocorreu alta mortalidade das fases imaturas do bicho-furão em condições de semicampo. Em condições de semicampo, 67% das pupas foram encontradas no solo e o restante, no fruto. A grande percentagem de frutos atacados encontra-se entre 1 e 2 m de altura na planta. A observação e contagem do córion foi adequada para estudos de dinâmica populacional de E. aurantiana. A amostragem baseando-se na contagem de ovos é inviável na prática. A amostragem do bicho-furão para estratégias de controle deverá ser feita baseando-se no adulto. O modelo de exigências térmicas estimado em laboratório se aplica às condições de campo. Adultos de E. aurantiana foram atraídos pela lâmpada BL e BLB. A coleta de frutos atacados no solo é insuficiente para evitar a evolução populacional do bicho-furão. É necessária a liberação de um grande número do parasitóide T. pretiosum para se conseguir controle de E. aurantiana. A dispersão vertical do parasitóide em áreas de Citrus chegou a quatro metros. A dispersão horizontal de T. pretiosum foi de 11,02 m com uma área de dispersão de 140,45 m2, indicando serem necessários 71 pontos de liberação do parasitóide por ha. O braconídeo Hymenochaonia sp., parasitóide larval do bicho-furão, pode ser importante na manutenção do nível de equilíbrio desta praga.
  • DOI: 10.11606/T.11.1998.tde-20210104-183314
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
  • Data de criação/publicação: 1998-04-28
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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