skip to main content

A bananeira que sangra: desobediência epistêmica, pedagogias e poéticas insurgentes nas aparições do Nego Fugido

Pinto, Monilson Dos Santos

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Comunicações e Artes 2021-12-07

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    A bananeira que sangra: desobediência epistêmica, pedagogias e poéticas insurgentes nas aparições do Nego Fugido
  • Autor: Pinto, Monilson Dos Santos
  • Orientador: Santos, Maria Thais Lima
  • Assuntos: Aparição; Cultura De Terreiro; Poéticas Insurgentes E Transmissão De Saberes; Insurgent Poetics And Knowledge Transmission; Specter; Terreiro Culture
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Notas Locais: Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas.
  • Descrição: O tambor é o coração do Nego Fugido e pulsa no ritmo da voz metálica do GÃ (agogô) para evocar a aparição, o corpo entre-lugar, os fantasmas e o devir. Pisando em solos sagrados, no ritmo do Rum, e escutando as palavras evocadas pelas cantigas do Nego Fugido, sigo as pegadas dos orikis subterrâneos para encontrar a desobediência epistêmica e a poética insurgente da aparição. O regente dessa polifonia de vozes é Enúegbarijó, a boca coletiva que sopra os ventos que invadem as tardes de domingo do mês de julho para acordar a bananeira que sangra e desenhar, no chacoalhar das folhas secas no solo do Recôncavo, corpos entre-mundos. Se oriki (saudar a cabeça) é capaz de mobilizar e manipular energias da natureza, de evocar nkisis-orixás-voduns e fazer renascer do orúm figuras encantadas e acordar os ancestrais que moram nas bananeiras, nos perguntamos, do mesmo modo, ele teria a força para evocar figuras cênicas, capazes de transitar entre mundos? A palavra salivada da boca coletiva e no contexto da oralidade dos orikis, é analisada como carga especial e força vital (àse) capaz de evocar deuses, tecer histórias, produzir imagens, aspectos importantes da construção da musicalidade, teatralidade e transcorporalidade das figuras e da encenação do Nego Fugido. Ao priorizar ouvir os ventos soprados na tradição oral de Acupe e nas cantigas do Nego Fugido, busquei identificar os mecanismos que operam na aparição, analisar as formas operantes de sua encenação, reconhecendo os elementos que irrompem como aspectos poéticos, pedagógicos e narrativos.
  • DOI: 10.11606/T.27.2021.tde-27042022-114111
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Comunicações e Artes
  • Data de criação/publicação: 2021-12-07
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

Buscando em bases de dados remotas. Favor aguardar.