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Cuidadoras negras do Brasil a fotografia como testemunha

Paulo Fernando de Souza Campos Taka Oguisso; Genival Fernandes de Freitas; Magda Andrade Rezende; Simpósio Ibero-Americano de História da Enfermagem (1. 2007 São Paulo)

Anais São Paulo : EEUSP, 2007

São Paulo 2007

Localização: EE - Escola de Enfermagem    (OGUISSO, T. doc 7 ) e outros locais(Acessar)

  • Título:
    Cuidadoras negras do Brasil a fotografia como testemunha
  • Autor: Paulo Fernando de Souza Campos
  • Taka Oguisso; Genival Fernandes de Freitas; Magda Andrade Rezende; Simpósio Ibero-Americano de História da Enfermagem (1. 2007 São Paulo)
  • Assuntos: HISTÓRIA DA ENFERMAGEM -- BRASIL; NEGROS
  • É parte de: Anais São Paulo : EEUSP, 2007
  • Notas: Em CD-ROM
  • Descrição: As representações da história da enfermagem invariavelmente projetam imagens que imprimem significados estanques ao passado da profissão e às origens culturais que lhe confere especificidade. De modo geral, revelam o cuidado como resultado direto do exercício oficial, normalizado por políticas, instituições e cânones acadêmicos. Ainda que estes tenham possibilitado ascensão e status profissional, o resultado das projeções imagético-discursivas cristalizou a história da enfermagem como produto da profissionalização. No Brasil, em particular, a partir da adoção do modelo de ensino identificado como padrão para efeito de equiparação à formação profissional, conhecido como "annanerismo". Movimentos anteriores (ou cujo ensino não refletisse o padrão proposto como oficial) foram relegados pela historiografia dominante e postos à margem da história. Contrariando as análises fundadas na história oficial, esta comunicação tem como objetivo recuar no longo tempo da história e balizar antecedentes culturais referentes ao cuidado, exercidos nos períodos da História do Brasil caracterizados como Colônia e Império, portanto, anteriores ao contexto da profissionalização da enfermagem brasileira. Acentuadamente marcados pelo sistema escravocrata, os períodos identificados permitem caracterizar que a ação de cuidar era, em larga medida, realizada por mulheres negras que atuavam como parteiras, amas, amas de leite, babás e mães pretas, cuidando de enfermos e crianças. A análise
    revela que a manutenção de cuidadoras identificava o lugar social das famílias na sociedade tradicional, bem como condições de vida e trabalho de mulheres negras, mesmo que destacadas, impedidas de ingressar em escolas de enfermagem nas primeiras décadas da República - ato caracterizado, no período, como estratégia política. Por intermédio do material fotográfico produzido por Militão Augusto de Azevedo, um dos mais destacados fotógrafos brasileiros, esta comunicação pretende interpretar a experiência de mulheres anônimas, negras escravizadas que exerceram o cuidado em território brasileiro nos períodos anteriores à profissionalização da enfermagem. A proposição do debate, no âmbito da história da enfermagem, pretende, deste modo, explorar aspectos que evidenciam não somente práticas antecessoras e modos de cuidar, mas história de mulheres cuja memória raramente é mencionada, contribuindo para a ampliação das reflexões em torno da cultura dos cuidados no Brasil, e da presença negra na enfermagem brasileira
  • Editor: São Paulo
  • Data de criação/publicação: 2007
  • Formato: Res. 256.
  • Idioma: Português

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