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Influência do gradiente urbano-rural na quiropterofauna e o risco associado à transmissão de patógenos

Brito, João Eduardo Cavalcanti

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia 2023-11-13

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Influência do gradiente urbano-rural na quiropterofauna e o risco associado à transmissão de patógenos
  • Autor: Brito, João Eduardo Cavalcanti
  • Orientador: Dias, Ricardo Augusto
  • Assuntos: Ecologia Urbana; Zoonoses; Enterobactéria; Morcego; Staphylococcaceae; Bat; Urban Ecology; Enterobacteria; Zoonosis
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Os morcegos podem sofrer diferentes tipos de impacto causados pelo homem. Desta forma, é fundamental o conhecimento a respeito de como as espécies reagem à medida que os ecossistemas se modificam e como a diversidade é alterada e suportada ao longo do espaço e do tempo, especialmente nas cidades. Das 182 espécies registradas no Brasil, ao menos 84 (46,15%) ocorrem em áreas urbanas. Em um gradiente que parta de uma área conservada em direção à matriz urbana, é esperado que haja uma alteração na comunidade de morcegos. O surgimento de uma zoonose está relacionado a fatores que permitem que o agente patogênico explore novos nichos e se adapte a novos hospedeiros. Os morcegos são relevantes para investigações epidemiológicas, por serem potenciais reservatórios de patógenos, sendo necessário entender os agentes patogênicos de doenças infecciosas relacionados a eles. Este trabalho teve por objetivo determinar a variação da quiropterofauna em um gradiente dado pela mata conservada, área rural e matriz urbana, avaliando os riscos sanitários associados. Para isso, na Região Metropolitana de São Paulo, foram selecionadas seis áreas amostrais: floresta preservada, rural, residencial com casas, residencial com habitações populares, residencial verticalizada e industrial/comercial. Nessas áreas, foram analisadas variáveis ambientais. Em cada área, os morcegos foram capturados e analisados quanto à presença do vírus da raiva, coronavírus, Leptospira spp., enterobactérias e Staphylococcaceae. Foi capturado um total de 293 morcegos, pertencentes a 18 espécies. A área conservada apresentou os melhores índices de diversidade e a presença de indicadores de ambiente preservado. Foi constatado um gradiente nas demais áreas amostradas, conforme aumentava a distância da área preservada, seguindo um eixo desde o centro da cidade de São Paulo até a Reserva do Morro Grande, em Cotia. Este padrão se manteve onde áreas mais preservadas foram mais escuras e silenciosas que as áreas no centro urbano. Não foram encontrados resultados positivos para os vírus, enquanto que para Salmonella spp. e Leptospira spp. foram encontrados positivos. Quanto às enterobactérias, foram obtidos 252 isolados de, pelo menos, 41 espécies, em 174 morcegos. Para Staphylococcaceae, foram isolados 63 amostras de nove espécies, em 147 morcegos. Apesar da não detecção de vírus nas amostras, várias espécies de bactérias foram isoladas, sendo possível associá-las aos ambientes em que os morcegos foram capturados, assim como os outros critérios avaliados. A descrição dos patógenos circulantes nas populações de morcegos permite a elaboração de planos de contingência para mitigar o risco de transbordamento para humanos e animais. A presença de morcegos nas áreas amostradas na matriz urbana, reforça a importância dos corredores verdes para o deslocamento dos animais, contribuindo para a preservação da biodiversidade em meio à cidade.
  • DOI: 10.11606/T.10.2023.tde-29012024-151407
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
  • Data de criação/publicação: 2023-11-13
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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