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Comparação do perfil epidemiológico, clínico e dos resultados das intervenções coronárias percutâneas entre os gêneros masculino e feminino, na população brasileira dados do Registro CENIC

Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga Lopes Marco Antonio De Vivo Barros; Itamar Ribeiro de Oliveira; Helman Campos Martins; Maria Sanali Paiva; João Alfredo Cunha Lima; Gustavo Souto Maior; Hugo Diógenes de Oliveira Paiva; Luiz Alberto Mattos; José Antônio Marin-Neto

Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva São Paulo v. 16, n. 4, p. 463-473, 2008

São Paulo 2008

Localização: FMRP - Fac. Medicina de Ribeirão Preto    (pcd 1721092 )(Acessar)

  • Título:
    Comparação do perfil epidemiológico, clínico e dos resultados das intervenções coronárias percutâneas entre os gêneros masculino e feminino, na população brasileira dados do Registro CENIC
  • Autor: Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga Lopes
  • Marco Antonio De Vivo Barros; Itamar Ribeiro de Oliveira; Helman Campos Martins; Maria Sanali Paiva; João Alfredo Cunha Lima; Gustavo Souto Maior; Hugo Diógenes de Oliveira Paiva; Luiz Alberto Mattos; José Antônio Marin-Neto
  • Assuntos: ANGIOPLASTIA TRANSLUMINAL PERCUTÂNEA CORONÁRIA; GÊNEROS (GRUPOS SOCIAIS); FATORES SEXUAIS; FATORES DE RISCO
  • É parte de: Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva São Paulo v. 16, n. 4, p. 463-473, 2008
  • Notas: Os docentes fazem parte do grupo de colaboradores da CENIC juntamente com outros membros
  • Descrição: Fundamentos: No cenário dos estudos controlados e randomizados, em mulheres, a doença arterial coronária (DAC) apresenta maiores desafios no que se refere ao diagnóstico e ao tratamento. Essas noções são mais controversas no âmbito do chamado "mundo real", especialmente no que tange ao tratamento por intervenção coronária percutânea (ICP). Objetivo: Comparar os resultados de procedimentos de ICP, na fase hospitalar, em brasileiras e brasileiros. Método: Análise retrospectivamente idealizada a partir dos dados inseridos no registro da Central Nacional de Intervenções Cardiovasculares (CENIC), em sua presente forma de captura eletrônica, conforme ficha padronizada, desde o início de 1999 até o final de 2007: características demográficas e da história clínica, inclusive fatores de risco no contexto da DAC; detalhes técnicos dos procedimentos, de seu sucesso e complicações; tratamento farmacológico adjunto. Resultados: No período, 197.139 intervenções coronárias foram registradas, sendo 131.797 (66,85%) em homens e 65.342 (33,15%) em mulheres. A média de idade foi significativamente superior nas mulheres (64,0 '+OU-' 11,6 anos vs. 60,4 '+OU-' 11,7 anos; p < 0,0001), que apresentaram maior prevalência de diabetes melito (39,4% vs. 28,5%; p < 0,0001). Nos homens, houve maior prevalência de hipertensão arterial (25,6% vs. 28,9%; p < 0,0001), tabagismo (19,1% vs. 34,0%; p < 0,0001), antecedentes de infarto do miocárdio (21,1% vs. 26,8%; p < 0,0001), de ICP
    (17,5% vs. 19,3%; p < 0,0001) e de revascularização miocárdica cirúrgica prévia (8,3% vs. 11,0%; p < 0,0001). Em pacientes com ICP prévia, a nova intervenção ocorreu mais freqüentemente nos homens por progressão da doença, novas lesões (56,6% vs. 59,5%; p < 0,006), e, nas mulheres, por reestenose (39,2% vs. 36,4%; p < 0,0001). A ICP foi realizada nas mulheres em maior número de vezes que nos homens por indicações clínicas instáveis (56,5% vs. 55,8%; p = 0,003). ) Angiograficamente, verificou-se proporção maior de lesões de um único vaso entre as mulheres (53,2% vs. 49,3%; p < 0,0001), e menor prevalência de disfunção ventricular esquerda grave (4,1% vs. 4,6%; p < 0,0001), de lesões complexas (B2 e C) (64,3% vs. 66,0%; p < 0,0001), de trombo visível (14,6% vs. 17,6%; p < 0,0001), de lesões extensas (superiores a 20 mm) (26,6% vs. 28,1%; p < 0,0001) e de envolvimento de ramos secundários (26,6% vs. 27,6%; p < 0,0001). Em contraposição, nas mulheres observou-se mais calcificação (23,4% vs. 22,8%; p < 0,0001), e menor diâmetro (2,95 mm '+OU-' 0,66 mm vs. 3,04 mm '+OU-' 0,75 mm; p = 0,001) e extensão (17,2 mm '+OU-' 7,1 mm vs. 17,7 mm '+OU-' 7,3 mm; p = 0,04) dos stents implantados. As mulheres tenderam a ter taxa mais elevada de insucesso (0,75% vs. 0,68%; p = 0,077), e efetivamente apresentaram maiores taxas de óbito (1,20% vs. 0,79%; p < 0,0001) e de infartos miocárdicos não-fatais (0,54% vs. 0,41%; p < 0,0001). Conclusões: A ICP em mulheres brasileiras
    apresenta resultados imediatos discretamente menos satisfatórios que nos homens, em associação à tríade de idade mais avançada, maior prevalência de diabetes melito e menor calibre do vaso
  • Editor: São Paulo
  • Data de criação/publicação: 2008
  • Formato: p. 463-473.
  • Idioma: Português

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