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"A vivência e a invenção no cotidiano em 'Rosa, minha irmã Rosa' (Alice Vieira) e 'O sofá estampado' (Lygia Bojunga)"

Papes, Cleide Da Costa E Silva

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2002-12-10

Acesso online

  • Título:
    "A vivência e a invenção no cotidiano em 'Rosa, minha irmã Rosa' (Alice Vieira) e 'O sofá estampado' (Lygia Bojunga)"
  • Autor: Papes, Cleide Da Costa E Silva
  • Orientador: Coelho, Nelly Novaes
  • Assuntos: Cotidiano; Transformação; Vida; Literatura; Identidade; Life; Identity; Quotidian; Transformation; Literature
  • Descrição: A vivência no cotidiano realiza-se por uma variedade de estratégias criadas pelo homem a fim de superar a facticidade da vida, suas “maneiras de fazer" ou formas com que transforma o espaço e o tempo e preenche o vazio das deformações de ação social. Tenta assim vencer a grelha determinista do dia-a-dia com uma inventividade em que se revela como um herói anônimo. Definida como o lugar do homem neste mecanismo de superação, destaca-se a casa como o centro da afetividade onde a vida se fecha no aconchego, alimento e proteção, em cujo interior estão depositadas as células de esperança e idealização. Apesar disso, este universo vem sofrendo profundas alterações pelas mudanças em curso no mundo, sobrevindo a contracasa como o espaço de aniquilamento do homem onde ele oscila entre o SER e o NADA, desequilibrando-se através dos apelos da sociedade capitalista para a acumulação de bens materiais no mundo do TER. Tais realidades denunciam-se na obra de Alice Vieira (Portugal) e Lygia Bojunga Nunes (Brasil), autoras focalizadas nesta tese, ambas revelando o cotidiano e as bases em que o homem pode vivê-lo sem degradar-se, escapando de ser o herói problemático à procura de valores autênticos numa sociedade produtora para o mercado. Optando pelo realismo, a escritora portuguesa apresenta o SER, o homem no dia-a-dia, pela voz do narrador-criança que flui os fatos com a autenticidade e a lógica de sua visão pueril; recorrendo ao processo fabular com situações fantásticas em que o estranho configura o hiper-real, a escritora brasileira apresenta o TER. A casa e a contracasa, presentes na criação destas autoras, acenam para a necessidade da recentralização do homem nos laços do afeto que o fixam na vida e confirmam a sua existência pelo olhar do outro. Revelam, além disso, a crise do sujeito no que se refere à identidade e à necessidade de ele se retomar como agente de transformação pelo seu fazer e, como ser linguagem, na renomeação do mundo. Da criação literária para a grande invenção no plano real abre-se a perspectiva de uma utopia em que será possível preencher o vazio do futuro com novos relacionamentos homem/homem, homem/natureza, homem/sociedade, escapando à fragmentação e, proporcionalmente, à globalização, com um outro horizonte de possibilidades. Esta utopia é a palavra renomeando o mundo, e é também o próprio homem, reassumindo o discurso como o locutor efetivo da era humanitária.
  • DOI: 10.11606/T.8.2002.tde-27062003-154107
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2002-12-10
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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