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Seguindo trilhas encantadas: humanos, encantados e as formas de habitar a Almofaia dos Tremembé

Gondim, Juliana Monteiro

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2016-11-18

Acceso en línea. La biblioteca tiene también copias físicas.

  • Título:
    Seguindo trilhas encantadas: humanos, encantados e as formas de habitar a Almofaia dos Tremembé
  • Autor: Gondim, Juliana Monteiro
  • Orientador: Gallois, Dominique Tilkin
  • Materias: Cosmologias Ameríndias; Dinâmicas Territoriais; Encantados; Tremembé De Almofala; Amerindian Cosmologies; Territorial Dynamics
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descripción: Abordarei nesta tese algumas das relações estabelecidas entre os Tremembé de Almofala e os encantados. Os primeiros são um grupo indígena que vive às margens do Oceano Atlântico, no litoral oeste do Estado do Ceará, Nordeste do Brasil, e os encantados são entidades presente nas cosmologias de vários grupos - indígenas e não indígenas - na América do Sul. Os encantados são apresentados de formas muito variadas. Uns os descrevem como pessoas que - antes ou após a morte passaram para uma forma de existência onde não são afetados pela passagem do tempo e são invisíveis para a maioria das pessoas; outros os apresentam como sendo personagens do panteão umbandista, fadas, príncipes e princesas... e há, ainda, os que os colocam como entidades que habitam e protegem as matas, como Caipora, Mãe dÁgua ou Guajara. Eles podem se manifestar sob a forma que quiserem, às vezes humanos, às vezes animais ou, mesmo, seres antropomorfos. Essa diversidade de versões sobre os encantes me colocou diante de vários mundos constituídos por uma multiplicidade de agências e subjetividades distintas. Algo em comum dentre tanta diversidade é o fato de que todos se referem a áreas como mangues, lagoas, mares, matas e dunas como sendo moradas de encantados. Por isso, quando abordam o avanço da degradação ambiental na Área Indígena, os Tremembé demonstram uma grave preocupação com o destino dos encantados que estão, assim como os humanos, vendo suas moradas sucumbindo às investidas do agronegócio. Procurei lançar reflexões sobre como são esses encantes, como se manifestam, com que propósito agem nesse mundo, quais suas atribuições. Ressalto que os tratei como estando numa posição simétrica em relação aos humanos, posto que, assim como nós, eles também agem e transformam os mundos em que vivem. Nesse sentido, a proposta metodológica da Teoria Ator Rede - que defende a ideia de que os não humanos devem ser tratados como atores e não meras projeções simbólicas da humanidade me possibilitou seguir as redes de relações formadas a partir da categoria encantados e, assim, colocar no mesmo plano de análise elementos diversos, como encantados, humanos, rituais, paisagens e os empreendimentos relacionados a diferentes ramos, como o turismo, o agronegócio e a pesca predatória.
  • DOI: 10.11606/T.8.2017.tde-14032017-145349
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Fecha de creación: 2016-11-18
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Portugués

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