Comparação entre diferentes métodos para produção e análise de lesão de cárie artificial em esmalte e dentina
ABCD PBi
Comparação entre diferentes métodos para produção e análise de lesão de cárie artificial em esmalte e dentina
Autor:
Moron, Bruna Mangialardo
Orientador:
Magalhães, Ana Carolina
Assuntos:
Cárie Dentária
;
Esmalte Dentário
;
Dureza
;
Desmineralização
;
Dentina
;
Dentin
;
Dental Caries
;
Enamel
;
Demineralization
;
Hardness
Notas:
Dissertação (Mestrado)
Descrição:
Este trabalho comparou diferentes protocolos para a produção de lesão de cárie artificial em esmalte e dentina bovinos entre si e com lesões cariosas naturais (para o esmalte), utilizando análises de dureza superficial e longitudinal e microradiografia transversal, as quais foram relacionadas. Para o estudo in vitro, 40 espécimes de esmalte foram desmineralizados com: GEL MC (gel de metilcelulose 8% e ácido lático 0,1M, pH 4,6, 37ºC, 14 dias); GEL PA (solução de ácido poliacrílico - carbopol 0,2% e ácido lático 0,1M saturado com hidroxiapatita, pH 4,8, 37ºC, 16h); MDHP (solução de ácido lático 0,05M com cálcio, fosfato e tetraetil metilenodifosfanato, pH 5,0, 37ºC, 6 dias); e TAMPÃO (solução de ácido acético 0,05M com cálcio, fosfato e fluoreto, pH 5,0, 37ºC, 16h). Já os 60 espécimes de dentina foram desmineralizados com: GEL MC II (gel de carboximetilcelulose 6% e ácido lático 0,1M, pH 5,0, 37ºC, 14 dias); TAMPÃO II (solução de ácido acético 0,05M com cálcio, fosfato e fluoreto, pH 4,5, 37ºC, 7 dias); TAMPÃO III (solução de ácido acético 0,05M com cálcio e fosfato, pH 5,0, 37ºC, 7 dias) e MDHP II (solução de ácido lático 0,05M com cálcio, fosfato e tetraetil metilenodifosfanato, pH 5,0, 37ºC, 7 dias). No estudo in situ participaram 11 voluntários os quais utilizaram dispositivos palatinos de resina acrílica contendo dois espécimes de esmalte e dois de dentina bovinos, protegidos com uma tela plática, por 14 dias. Durante este período, os voluntários gotejaram uma solução de sacarose a 20% 8x/dia sobre o esmalte e 4x/dia sobre a dentina, para o desenvolvimento do biofilme. A desmineralização foi avaliada por dureza superficial-SH e longitudinal-CSH (KgF/mm2) e microradiografia transversal-TMR (%vol min). Foram ainda comparadas as lesões produzidas artificialmente em esmalte com as lesões naturais (mancha branca) de dentes extraídos. Os dados de CSH e TMR foram relacionados a cada distância e também submetidos individualmente à análise de variância para comparação entre os protocolos (p<0,05). Verificou-se que os diversos protocolos produziram diferentes tipos de lesões cariosas artificiais em esmalte e dentina. O grupo IN SITU, para ambos os substratos, produziu uma lesão profunda, com grande perda mineral integrada, porém com a menor camada superficial pseudo intacta. Já os grupos GEL MC I e II produziram lesões mais rasas e com menor perda mineral integrada. Os grupos MDHP I e II assim como TAMPÃO I, II e III produziram lesões subsuperficiais em esmalte e dentina. No geral, as lesões produzidas em dentina foram mais profundas e mais desmineralizadas quando comparadas ao esmalte. As lesões de mancha branca apresentaram-se com grande variabilidade em relação à profundidade e presença de camada superficial. Quanto ao método de avaliação, não houve uma relação linear entre CSH e TMR. Com base nos resultados, pode-se concluir que os métodos para produção de lesão cariosa diferem significativamente em relação às características de dureza e conteúdo mineral, podendo ter um impacto em uma subsequente des-remineralização e os métodos de análise não apresentam relação linear, sendo que a dureza deve ser interpretada criteriosamente em relação à perda mineral.
DOI:
10.11606/D.25.2011.tde-18012012-145655
Editor:
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Odontologia de Bauru
Data de criação/publicação:
2011-09-26
Formato:
Adobe PDF
Idioma:
Português
Disponível na Biblioteca:
FOB - Fac. Odontologia de Bauru (M828c )