Avaliação das Deleções 1p e 19q em Astrocitomas, Oligodendrogliomas e Oligoastrocitomas por Hibridação in situ Fluorescente (FISH) e Hibridação in situ Cromogênica (CISH)
ABCD PBi


Avaliação das Deleções 1p e 19q em Astrocitomas, Oligodendrogliomas e Oligoastrocitomas por Hibridação in situ Fluorescente (FISH) e Hibridação in situ Cromogênica (CISH)

  • Autor: Viviane de Cássia Oliveira
  • Luciano Neder
  • Assuntos: CITOGENÉTICA; IMUNOFLUORESCÊNCIA; PATOLOGIA
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Diversos estudos estão sendo realizados no intuito de esclarecer melhor o papel das alterações genéticas no prognóstico e definição da conduta clínica para os pacientes com tumores gliais. As deleções nas regiões cromossômicas 1p e 19q estão associadas a uma melhor resposta a alguns regimes quimioterápicos em tumores oligodendrogliais e a detecção destas deleções tem se tomado rotina em neuropatologia. O objetivo deste estudo foi analisar a deleção dos loci cromossômicos 1p36 e 19q13 por hibridação in situ fluorescente (FISH) e hibridação in situ cromogênica (CISH) em uma série de gliomas e determinar o impacto destas alterações no prognóstico dos pacientes. Para análise dos loci cromossômicos 1p36 e 19q13 empregamos a FISH e a CISH em 61 amostras tumorais, e a presença ou ausência das regiões de interesse foi observada em diferentes áreas de astrocitomas (n=19), oligodendrogliomas (n=19) e oligoastrocitomas (n=23) [área astrocítica vs área oligodendroglial]. Os valores de corte foram obtidos através da análise de 4 amostras de tecido cerebral não tumoral. A idade média dos 61 pacientes foi 40 anos, com predomínio do sexo masculino (39 Masc./22 Fem.). As deleções em 1p e 19q foram observadas com maior freqüência nos tumores oligodendrogliais [14/19 casos (73,7%), sendo deleção combinada de lp/19q em 52,63%, deleção isolada de lp em 15,8% e deleção isolada de 19q em 5,27%]. Nos oligoastrocitomas as perdas cromossômicas foram vistas em mais da metade dos casos [12/23
    casos (52,17%), sendo deleção combinada de lp/19q em 21,74%, deleção isolada de lp em 26,08% e deleção isolada de 19q em 4,35%]. O padrão das deleções foi semelhante em ambos os componentes nestes tumores. Os tumores astrocíticos, apresentaram o menor índice de perdas [9/19 casos (47,36%), sendo deleção combinada de 1p/19q em 10,52%, deleção isolada de 1p em 15,79% e deleção isolada 19q em 21,05%]. Em relação aos fatores prognósticos, os pacientes que tiveram maior tempo de sobrevida foram os com tumores com baixo grau de malignidade (p=0,03), idade < 45 anos (p=0,009) e com grau de ressecção tumoral completa (p=0,04). Os pacientes com oligodendrogliomas com deleção isolada de 1p apresentaram uma sobrevida superior aos demais (p=0,05). Da mesma forma, a deleção isolada de 19q foi considerada um fator preditivo de sobrevida em pacientes com astrocitomas (p=0,02). Com relação às reações de FISH e CISH foi encontrada concordância no resultado das duas metodologias em 95,08% dos casos (58 casos) (p < 0,001). Os 3 casos que apresentaram discordância se referem àqueles com deleções não balanceadas. Este trabalho foi pioneiro na padronização e emprego da metodologia de CISH na detecção das deleções 1p/19q em gliomas, sendo em 95,08% dos casos concordante com a reação de FISH. Casos isolados de deleções não balanceadas devem ser analisados por FISH complementar. As perdas isoladas em 1p e 19q são indicativas de melhor prognóstico em
    oligodendrogliomas e astrocitomas, respectivamente
  • Data de criação/publicação: 2009
  • Formato: 120 p. anexos.
  • Idioma: Português
 
Disponível na Biblioteca:
  • FMRP - Fac. Medicina de Ribeirão Preto (Oliveira, Viviane de Cssia )